"Quando sua realidade particular é desafiada, ela cede à verdade."

What if I say I'm not like the others?
What if I say Im not just another one of your plays?
What if I say I will never surrender?

domingo, 4 de abril de 2010

Just in case...

Novo ambiente, novas "relações", novos, e também velhos, problemas...

Sorrisos. Contrações dos músculos faciais em reação a uma situação ou até mesmo um pensamento, de expressão alegre ou de satisfação, ou ainda...
...A gradiosidade do sistema de relações humanas. O maior presente que as pessoas que buscam agradar os outros podem receber quando fazem sua tarefa com maestria, ou mesmo pobremente, dependendo de quem é agradado.
Seu sorriso pode muito bem elevar esse tipo de pessoa, ou até mesmo pessoas que realmente gostem de você. Aliás, ele o fará.

Seu sorriso pode rasgar uma pessoa, fazê-la em mil pedaços, por abaixo seu mundo e por terra seus sonhos. E, sem dúvida, ele o fará.

O momento social, cercado de pessoas, seja amigos, desconhecidos, mortos e vivos, é repleto de gestos. As pessoas forçam aquilo que são, sorriem e jogam seus cabelos para os lados. Dão indícios do interesse e personalidade. E dão ainda vestígios de seus medos. Medo de serem rejeitados, medo de não agradarem, de parecerem estúpidos, como se o fosse mais possível do que já é.
Essa garota na minha frente por exemplo, conversando com esses dois caras, colegas de faculdade provavelmente, já que é para lá que vão. O cabelo forçadamente desidratado dela não sossega por um instante sequer, sendo sempre recolocado sobre um dos ombros ou erguido em uma tentativa comum de revelar mais o pescoço, área de atração sutil humana. Em uma porcaria de um ônibus completamente lotado essa garota consegue se equilibrar sobre sapatos que lhe rasgam lentamente a carne, somente para ter uma postura que normalmente não teria, e apresentar um corpo que na verdade ela não tem. Ela não é feia, apenas inteiramente ignorante.
Eu sei, é feio julgar sem conhecer. Dane-se. Ela dá todos os sinais que eu preciso para saber o que ela quer e o que está fazendo... E não é como se eu estivesse atento ao que ela faz. Ela é mais exibida que um pavão, jogando sua voz rouca por todo o vagão com a capacidade de um verdadeiro barítono, e fazendo amplos movimentos de nadador com os braços. É na verdade uma tortura, a impossibilidade de escapar a atenção dela. É vergonhoso pensar em pertencer à mesma espécie de algo desse tipo.
Mas as pessoas não ligam. Pelo contrário, é exatamente o que admiram. E quem sou eu para dizer algo? Ninguém. Só o cara que infelizmente não possui um aparelho portátil de som mais potente e que não vá incomodar os outros para abafar a voz da gralha. Torna-se então uma faca no peito, ser educado com aqueles que me rodeiam, e deixar meu cérebro ser permeado, mesmo que não influenciado, mas desgastado, pelas besteiras que saem daquela boca em formato de tampa de boeiro com batom.
E os sorrisos. Nossa geração é provavelmente a mais feliz do mundo. Quantos sorrisos! É como se tudo fosse de uma expressão sem fim. É tão macabro, ser remontando a mesma fisionomia várias e várias vezes, a cara se deformando em minha mente em um vórtice gigante, rindo e rindo, como um maldito palhaço que exala graça por cada poro do corpo.

É irritante. Sorrisos falsos, esses que vejo à minha frente todos os dias, em todas as convenções adotadas, em toda a pastagem de comportamento que devemos comer e ruminar quando necessário, e seguir esse padrão frente a uma pessoa que faz exatamente o mesmo. Tudo, menos sinceridade. Ser uma pessoa interessante é simplesmente fazer a outra rir, ter senso de humor o suficiente para manter essa relação sempre em tom cômico e divertido. E nem precisa ser humor inteligente, não se você estiver interessado em certos tipos de pessoa. Veja, por exemplo, o gloss
com pernas logo a frente, fazendo sucesso com os dois rapazes de igual complexidade. Sorrisos e mais sorrisos, olhares que rasgam as pessoas que os rodeiam e não se indentificam com aquele comportamento, e que anseiam por algo, digamos, mais real. Mas o que pode ser real em um mundo onde, por opção, uma verdade é relativa, e o fato é questionável? O que pode ser real, em um mundo onde por opção, sorrisos escondem coisas tão fúteis, ao invés de sentimentos sinceros? Não, o mundo não é real. É uma grande mentira. Uma grande feira de máscaras, um grande circo. Meu objetivo aqui é derrubar quantas tendas eu conseguir, para ver o circo pegar fogo...É meu ponto, o ônibus já vai parar..."


Ghosts - Leprechaun

I see a lot of faces
They never seem acquainted with me or with my pals
They always shake my hand AND commonly call me friend
But I don’t like to see’em around
I see the hypocrits
A bunch of litany and it always seems sincere
But I can see behind their eyes they’re just beguilers
Cheating with their masks
I see the egoists
They never say a shit but I can always read their minds
Alienated brains produce the living-deads
They always hold the same old ground
I see the sickly crew So full of apathy
and they built this creepy land
But I can see behind their signs the fact of life
Ain't faithful unto death
Ghosts, ghosts, ghosts
Rove alone
They are nothing they are none
Ghosts, ghosts, ghosts
I’m someone
So maybe I’m the fucking spook