"Quando sua realidade particular é desafiada, ela cede à verdade."

What if I say I'm not like the others?
What if I say Im not just another one of your plays?
What if I say I will never surrender?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Death...

Pedaço de merda.
Ao final, é o que somos.
Um grande e malcheiroso pedaço de excremento.
Talvez vivos também sejamos, mas sem dúvida ao morrermos.
Ninguém sabe quando há de vir.
E nós continuamos mentindo para nós mesmos, dizendo que vai ficar tudo bem.
Nada nunca fica bem.
Que dirá tudo.
Desista.
Desista de dar desculpas, de dar esperanças para a vida vazia e congelada que você leva.
Você não vai ter outra chance.
Quanto tempo você já jogou fora? 18, 20? 30, 40 anos?
Quantos anos você tem?
Quantos ainda tem?

Você vai morrer.
Cada pessoa da sua vida vai morrer.
E na sua morte, aquelas que ainda não se foram vão te ver. Pessoas que não derramarão uma lágrima por você.
A maioria sem dúvida.
A maioria estará cumprindo um protocolo.
A maioria nem te conhecia de verdade.
Não sabem um nada sobre você, mas estão lá, velando seu corpo gelado,
imaginando o que faziam enquanto ele estava quente.
Ou o que vão fazer quando ele começar a apodrecer.

Ninguém vai sentir sua falta.
Digo, uma ou duas pessoas.
Seus pais se ainda estiverem vivos nesse momento.
Sua prole, talvez.
Mas ninguém além de pessoas que ligaram profundamente vidas sentem a falta de outra pessoa.
Seus amigos se reunirão para cantar e beber em seu nome.
Mas não existe mais um nome para ser cantado.
Dirão que foi de repente. Mas eles não estavam lá antes.
Dirão que você está olhando de cima e rindo.
Mas você não está. Você está enterrado sob quilos de terra, com vermes devorando cada pequeno pedaço seu que eles conseguirem engolir.
Dirão que se você estivesse lá...
mas você não está.
Você está morto, e amanhã todos voltam ao trabalho.
E o pequeno espaço vazio que você ocupava vai dar lugar a um esporte, uma caminhada,
um jogo qualquer, ou uma hora e meia a mais de sono uma vez por semana.


O dia da sua morte vai ser o melhor dia da vida de alguém.

A Terra não vai parar um segundo sequer para chorar pelo filho perdido.
Você é uma mosca em um universo de carne podre,
tentando engolir mais um pedaço antes que suas asas se cansem e você caia.
Mas você já caiu.
Você não abriu uma ferida incurável na vida de ninguém.
Você não deixou seu nome gravado em ódio na mente do seu inimigo.
Você não foi nada além de um bom amigo, um bom pai, um bom marido, um bom pedaço de nada.
Você não mudou o mundo de alguém, você não fez qualquer pessoa que for ver a realidade.
Você não fez qualquer pessoa se orgulhar de si mesmo, e seguir em frente.
Você não fez ninguém crescer.
Você não cresceu.
Retire toda a terra de sobre seu corpo.
Arranhe e quebre a madeira de seu caixão.
Atravesse as lascas de madeira na sua carne,
abra e deleite-se.
Veja o feto dentro do seu túmulo, veja todo o crescimento de que foi capaz.
uma massa amorfa de um projeto.
O que um dia poderia ser um humano, e morreu aos 30 ou 40,
sendo pouco mais que um verme.

Você não fez nada de útil da sua vida,
jogou-a fora como se tivesse todas as chances do mundo.
O tiro já foi dado, e a roleta sempre tem uma bala apenas.

Você não mudou a vida de ninguém.
Só deixou mágoas, rancor. Eles foram esquecidos, ao morrer todos se tornam santos.
Pegue o santo e ponha fogo.
Para mim você pode estar morto, mas os seus erros estão bem vivos e alguém aí fora
ainda paga por eles.
Morte não é redenção para ninguém.
Você não fez nada para ser perdoado.
Você não ajudou ninguém,
Você não foi a vida de ninguém,
Você não foi o apoio de ninguém,
...

Você não destruiu mundo algum...

Mas você não está morto, está?
Não ainda, não é?
Você ainda não respirou pela última vez...
Seu coração ainda bate e seu sangue ainda é quente.
Você não está morto.

Mas então que porra você está fazendo aí sentado?


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Desculpem os palavrões, mas eu achei necessário.
Por hoje é isso aí.

Atenciosamente, Chakal.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Life...

Eu não sabia o que escrever...
Eu não sei se tinha o que escrever...

A vida às vezes parece uma tormenta na sua frente,
e você odeia estar em meio àquela tempestade,
Resolvendo cada novo problema que surge,
cada nova onda que se ergue ameaçadora contra seu navio.
Às vezes ela parece uma calmaria, e não adianta levantar suas velas,
estendê-las até o ponto mais alto do céu.
Às vezes nada disso é o suficiente para fazer seu barco sair,
e seus ossos se transformam em areia pelos séculos esperando um vento.
E quando o vento finalmente vem, vem forte demais, e bem, isso já foi dito antes.

(...)

A verdade é que eu não tenho mesmo sobre o que escrever...
Normalmente eu não escreveria nada, mas eu estou com muita vontade de escrever algo...
Desculpem-me por isso.
Digo, um escritor que não tem capacidade de escrever sempre não pode, em primeiro lugar
tentar ganhar a vida com isso. Caso contrário ele morreria de fome. Não tenho planos nessa área,
pelo menos não algum ambicioso, que gire em torno de dominar o mundo com a escrita, e sequer me manter vivo com o dinheiro da escrita...
Bem, eu não sou um escritor profissional. Sou apenas um cara que se dispõe a explicar as ideias que tem.
Pois seguindo isso, eu não tenho a obrigação de falar bem aqui sempre,
e com certeza eu não o fiz...
Eu deveria porém, respeitar vocês e privar os que estão lendo esses textos, esses pedacinhos de nada, excertos inúteis e sem sentido, escrevendo somente quando eu tiver algo realmente interessante para falar. Mas não, eu precisava escrever, ver se eu conseguiria produzir algo útil para vocês..
E aqui estou eu, sem parar um segundo na digitação dessas linhas desconexas.

Meu nome é Igor Vinícius Teixeira, mas meu nome de verdade é Chakal.
Eu ganhei o apelido de uma prima devido ao meu comportamento pouco sociável e ele pegou.
Eu tenho 20 anos, nunca pesei mais de 60 quilos e curto sarcasmo, metáforas e analogias. Isso é tudo que você vai saber sobre mim sem qualquer dúvida ou incerteza pelo resto da sua vida. Não que você queira saber algo mais. Mas isso não é mesmo importante. E se você não sabe o que é uma metáfora e uma analogia eu não sei como você conseguiu ler meus textos até então. A não ser que seja seu primeiro texto. Se for esse o caso, então tudo bem...

O nome do blog, Das Heulen, que vem do alemão e quer dizer O Uivo, é uma referência direta ao meu apelido. A imagem, um desenho meu, se identifica com o título do blog. A frase
"Quando sua realidade particular é desafiada, ela cede à verdade." é de um escritor inglês chamado Will Self, que eu recomendo firmemente. Ela explica bem a minha proposta no blog. Romper conceitos, ideias, senso comum e coisas do tipo. Não sei se consigo, mas eu tento.

As frases abaixo da escrita por Will Self são de uma música da banda Foo Fighters, chamada The Pretender. Ela é auto-explicativa...

Poucos ou ninguém reparou que tem uma frase em cima do desenho, "Shouldn't have to say it all again". É um pequeno trecho da música Vicarious, da banda Tool e expressa o que eu realmente acho. Nada disso que eu digo aqui precisava ser dito, mas alguém tem que tomar as pedradas porque as pessoas não sabem fazer o óbvio. Não estou falando de vocês. Ou talvez esteja.

Eu comecei esse blog como sugestão da Lalah, do blog Little Lost Girl. Eu gostei da ideia, e vocês já sabem a culpada disso tudo.

Eu esperava que algo de útil saísse desse post, mas pelo visto não vai.
Meu momento de ímpeto e de perspectiva não rendeu o que eu esperava aqui no blog.
O texto do início não tem a ver com o fim...
desculpem por isso também.
Esse tipo de texto nunca mais vai acontecer, então eu peço que esse um não os afaste de todos os outros. A não ser que você tenha lido os outros, e mesmo assim desistiu de ler o blog. Se for esse o caso, então tudo bem.


Esse texto já está grande demais...

Atenciosamente, Chakal.