"Quando sua realidade particular é desafiada, ela cede à verdade."

What if I say I'm not like the others?
What if I say Im not just another one of your plays?
What if I say I will never surrender?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"Think for yourself, Question Autorithy"

Correria, trânsito, trabalho, dia após dia. Festas, agitações, shows, boates, baladas...dia após dia...

Está todo mundo sempre correndo de um lado para o outro, apressados, estressados, insanos, sãos, religiosos e ateus, brancos e negros. Até os mendigos por aqui vivem correndo...e eles nunca tem nada pra fazer...

Com a Revolução Industrial do século XIX, ocorreu um divórcio entre a arte e a questão social que vinha sendo um casal extremamente bem sucedido, com artistas organizando movimentos que sempre tinham resultados extremamente significativos através do globo. Com o fim do casamento, a alieanação se instala e os artistas( leia os ditos artistas, preguiçosos) tomam o espaço que antes pertencia ao tema social para falar de nada com nada e retratar uma elite cada vez mais alienada e despreocupada com qualquer coisa que fosse.
Com o tempo, a arte passou a ser um soveunir, uma coisa para se ter pregada na parede da sala, para enfeitar e decorar... isso é deprimente.

Nesse momento vocês, meus caros (2) leitores, devem estar se perguntando o porquê desse pequeno incurso de história.
E o porquê vem agora...

Hoje em dia, provavelmente a frase que mais ouço e que a maioria das pessoas usam para justificar o que fazem é "me faz bem" ou ainda "me faz feliz". Me pergunto o que diabos é felicidade? Esse estado tão pleno que torna as pessoas inconscientes das consequências de seus atos a si próprias e aos outros, que as faz irredutivelmente tranquilas quanto ao mal que podem causar a si mesmas e aos outros. É absorto o modo como as coisas caminham enquanto as pessoas vivem essa busca frenética por felicidade. Freud dizia que o mal da humanidade é a busca incansável por felicidade, porque quanto mais buscamos a felicidade, mais distante ela nos parece. Eu sou uma pessoa feliz, eu a busquei e lutei por ela, mas eu não sou um tolo ignorante que acha que vai dar tudo certo na minha vida e que vou ser sempre feliz. Alguns campos da minha vida estão bons, outros têm de melhorar, e eu faço o que posso para manter assim, e conquistar o próximo. Mas eu não me importo com os problemas e nem fico desesperado porque as coisas vão mal. Eu me desespero por mudanças, por atitudes, por pensamentos, eu imploro isso às outras pessoas, e vou continuar fazendo, não porque vai me deixar feliz, mas porque eu pelo menos estarei fazendo a minha parte para o futuro de alguém...

Um grande teórico de arte e jornalista chamado Mário Pedrosa chamou essa busca incessante pela felicidade e divertimento de destruição da vida interior do homem da atualidade, que, segundo ele, não possui instante nem espaço para os embalos do sonho acordado, posto que os meios de comunicação em massa e a busca por divertimentos cada vez maiores nos privam de tempo para pensar em si mesmo e naquilo que fazemos. Nós simplesmente não nos perguntamos mais o que somos, o que queremos ser, e nem o porquê de fazermos e sermos o que somos. As pessoas pararam de pensar...

Eu só imploro hoje por isso, por pensar, por saber o que ouve, o que faz, o que pensa, o que é. Não se deixe levar numa onde de tarefas como se pensar fosse improvável de se encaixar em qualquer rotina. Isso é só uma desculpa esfarrapada para correr por aí sem ter sobre si qualquer responsabilidade, como se fosse uma criança assustada.

É isso...

4 comentários:

  1. É exatamente o que disse, as pessoas não param pra pensar. Individualismo demais pro meu gosto. É fazer o que todos fazem e achar que se encaixar é o que faz bem. Ridículo e sem autenticidade.
    Ser o que somos, seres pensantes, que devem ter justificativas para as próprias atitudes. Mas o que me parece é que os seres de hoje não são o que deveriam ser, esqueceram da parte 'seres pensantes'. E é isso que faz a convivência social ser tão indesejada.

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  2. Felicidade para mim é a consequencia de coisas que você fez antes, que te levaram a isso, ir a uma festa, jogar um rpg, estar com amigos ou familia trazem divertimento, não felicidade. Se eu disesse que hoje eu sou feliz mentiria para você, mas estou lutando em meio ao sofrimento para ser feliz num futuro, proximo ou distante, não sei dizer, depende do quanto eu lutar para alcançar essa "glória". Por que no fundo é isso, uma gloria por ter agido de acordo com seus principios, vontades, sonhos e planos. Nelo texto Chakal e desculpe minha reflexão tão grande aqui, to inspirada haha.

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  3. e posso dizer, sem vergonha alguma que, grande parte da minha motivação pra sair do trampo, é sim, ter mais tempo pra pensar, analizar, refletir sobre minha vida... essa correria que você citou realmente existe e nos deixa alienados a coisas importantes justamente pra nos mesmos...

    Eu quero ter tempo, eu preciso de um tempo, todos precisamos... pobres daqueles que têm de viver nessa correria todo santo dia e nunca tem um tempinho sequer pra poder pensar na propria vida (como ela foi, como ela está e como vai/pode ser)... normalmente, no pouco tempo que tais pessoas tem, elas fazem algo, porque seri "perda de tempo" ficar refletindo... é realmente decepcionante...

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