"Quando sua realidade particular é desafiada, ela cede à verdade."

What if I say I'm not like the others?
What if I say Im not just another one of your plays?
What if I say I will never surrender?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Burning

Antes de qualquer coisa, gostaria de pedir desculpas por não ter lido nem comentado os blogs que eu gosto de acompanhar, não tive tempo desde que voltei para São Paulo...
Como alguns de vocês provavelmente sabem, eu gosto bastante de um seriado chamado House...mas não é sobre isso que vim falar. O que vim postar hoje é bem simples e serve para me policiar e não abandonar o blog como fiz antes. A relação disso com o seriado é que o ator Hugh Laurie, que dá vida ao protagonista que dá nome à série fez o que a maioria das pessoas faz, escreveu um livro. O que ele não fez foi escrever um livro sobre sua vida, sua carreira e coisas do tipo. Ele escreveu um romance, e dos bons. Muito bom, aliás. Se alguém se interessar, o nome do livro é O Vendedor de Armas. Segue um trecho interessante do livro, que diz algo do que eu digo sobre reclamar de algo mas não fazer nada a respeito...



" (...) A oportunidade de dormir em minha própria cama era a única coisa boa de tudo isso. Então caminhei a passos largos por Bayswater e, enquanto caminhaava, tentei ver o lado engraçado da coisa.
Não era fácil, e não sei se consegui fazer direito, mas é algo que gosto de fazer quando as coisas não vão bem. O que quer dizer que as coisas não vão bem? Comparado com o quê? Você poderia dizer: comparado com as coisas há umas duas horas, ou talvez há uns dois anos. Mas não é isso que eu quero dizer. Se dois carros estão indo em direção a um muro e eles não têm freio, e um deles bate no muro um pouco antes do outro, você não pode passar aqueles momentos dizendo que o segundo carro está bem melhor que o primeiro.

Morte e desastre estão sobre nossos ombros a cada segundo de nossas vidas, tentando nos acertar. A maior parte do tempo eles erram. Muitos quilômetros sem uma colisão central. Muitos vírus passam por nosso corpo sem nos atacar. Muitos pianos caem um minuto depois de você ter passado. Ou um mês depois, não faz diferença.

Então, a menos que a gente se ajoelhe e agradeça cada vez que um desastre não nos acerta, também não faz sentido reclamar quando ele acerta. Nós ou qualquer outra pessoa. Porque não estamos comparando ele com nada.

E, de qualquer forma, estamos todos mortos, ou nem nascemos, e toda a vida é na verdade um sonho.


Pronto. Viu só? O lado engraçado da coisa."




Por hoje é isso, volto em breve.

Atenciosamente, Chakal.

4 comentários:

  1. FODA!
    ele é realmente um ótimo escritor, assim como você. :)

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  2. .
    Já que no fim tudo faz sentido,e a vida é uma caixinha de surpresas,abra seu melhor vinho e diga ao seu companheiro o quanto o ama todos os dias.
    É melhor viver com panos úmidos atrás do pescoço quando se arde em febre,do que não sentir o doce sabor de um amor adormecido.

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  3. Então quer dizer que, se eu não dou a mínima pras coisas boas que acontecem eu não tenho o direito de reclamar quando me fodo bonito, é isso?


    Eu não entendi o texto. :S

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  4. Caramba... me parece um ótimo livro. Lerei.

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